Nojo, nojo, nojo...

Disse um senhor idoso, quando telefonou, em directo, para um daqueles programas para a juventude limitada e desmiolada, cujo tema era sexo anal ou qualquer coisa do género.

Faço minhas as palavras do sábio idoso em relação à nossa grande autarquia, Portugal. O que é que se passa com este país, que admite que pessoas arguidas e mesmo condenadas façam uma vida perfeitamente normal? Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Isaltino Morais e Avelino Ferreira Torres são candidatos nestas eleições que se avizinham e, provavelmente, vão ganhar as suas respectivas câmaras. Porque é que o povo não faz nada? Sabe criticar, chamar nomes, mas, quando é chamado a decidir sobre o seu futuro, apoia gente que rouba e é pouco séria.

Tenho esperança que as coisas não tomem esse rumo, mas se isso acontecer, só me resta dizer isto, os políticos deste país são um reflexo da merda do povo que somos.

A vida dá muitas voltas...

Estou a escrever este post e a lembrar-me do início da década de 90, quando Pedro Abrunhosa levantava a voz contra Cavaco e os malefícios da direita capitalista em Portugal. Agora, basta ligar a televisão ou o rádio para ouvir a nova música de Abrunhosa na publicidade do BCP, o banco de Jardim Gonçalves e da opus dei. O que irá na cabeça de Abrunhosa? Será que compreendeu que a onda capitalista não tem fim ou mudou radicalmente a sua atitude em relação aos "poderes instituidos"? Seja como for, a sua atitude não me parece muito correcta mas enfim, é preciso ganhar a vida.

Outros exemplos de interesse são: a música do McDonald´s cantada por Pac Man, um adepto do Bloco de Esquerda e os hinos do CDS e da Nova Democracia cantados pela Dina.