O pai do monstro
Helena Roseta, apoiante de Manuel Alegre, escreveu, em Maio de 2005, um artigo na Visão que dizia o seguinte:
" Mais uma amnésia generalizada parece ter tomado conta da opinião publicada. Cavaco Silva, putativo candidato da direita, é de novo apresentado como aquele que salvará o país da bancarrota, numa cíclica reencarnação do providencialismo dos homens que percebem de finanças. E, no entanto, durantes os seus governos, os resultados orçamentais apontaram em sentido oposto. As pessoas lembram-se melhor da sua tese do "monstro" (o Estado gastador) do que aquilo que realmente fez no governo. A despesa pública de então esteve longe de ser controlada. Foi o tempo das grandes obras, dos dinheiros comunitários investidos no betão, dos milhões do Fundo Social Europeu sumidos em formações profissionais de treta. Cavaco pode voltar a falar do "monstro". Mas foi durante os seus governos que o défice se descontrolou e a despesa corrente cresceu mais de 10 pontos. Se isto não é ser pai do monstro, então o que será?"
Cavaco ontem, na sua primeira entrevista televisiva como candidato, defendeu-se das acusações de pai do "monstro", referindo relatórios insuspeitos que referem o progresso económico e social nos seus governos. E que a fonte principal da crise orçamental portuguesa pode ser encontrada no relatório da Comissão Europeia " A economia portuguesa depois do boom ".
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