O dilema
Na campanha para as legislativas, José Sócrates defendeu, nomeadamente, o acento na necessidade de investir em novas tecnologias, na formação profissional e na competitividade das empresas. A redução das despesas públicas do Estado e um apertado controlo das mesmas foram, também, medidas referidas pelo actual primeiro-ministro.
Todas estas medidas têm sido citadas por Cavaco Silva. O candidato a Belém, na sua última entrevista à TVI e em recentes intervenções na comunicação social, partilha as mesmas preocupações e ambições de José Sócrates, em particular, na questão das contas públicas. Só com a redução do décife se pode recuperar a economia portuguesa.
É óbvio que Cavaco é o Presidente que Sócrates quer ver em Belém. O professor dá as garantias para uma estabilidade política e uma recuperação económica que o governo socialista quer por em prática.
O apoio a Mário Soares é apenas uma obrigação partidária e uma maneira de "fazer as pazes" com a ala mais à esquerda do Partido Socialista, mas, nada de enganos, Sócrates é um social democrata e um importante representante do centro. E é no centro que está o eleitorado que vai eleger o novo Presidente da República, que, actualmente, já não se identifica com Soares.
A campanha de Sócrates é com Soares, mas no dia 22 de Janeiro, o voto pode ir para Cavaco.
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