(Não) fazer bebés
Hoje ouvi uma notícia no jornal da noite da TVI que levanta um assunto polémico. Uma mulher grávida de 4 meses, abortou em casa com auxílio do marido. A senhora dirigiu-se ao hospital onde, após uma consulta os médicos se aperceberam que ela havia estado grávida. A polícia foi informada e numa busca realizada em casa da dita senhora encontraram um feto dentro de um balde.
Mesmo com leis contra o aborto as mulheres continuam a pratica-lo. O aborto não é legalizado porque há pessoas que não o aceitam. O que essas pessoas não entendem é que mesmo não o aceitando ele continua a existir. A minha questão é esta: quando e que vamos descalçar esta hipocrisia?
Toda a gente nasce a saber fazer bebés e da nossa idade ainda poucos sabem como não se fazem. Os contraceptivos tem de ser pagos e só quem se interessa e que encontra informações sobre eles. Mesmo na esfera universitária encontro meninas com muitas dúvidas não quero imaginar como pensam pessoas com níveis escolares inferiores em que a tão chamada “educação sexual” chegou ainda menos que a nós. As consultas de Planeamento Familiar são vistas como uma consequência e não como uma forma de obter apoio, controlo e a informação.
Eu não fazia um aborto mas acho que esta decisão deve partir de cada um. Ainda se houvessem instituições onde mães fossem deixar filhos não desejados que nos dessem a garantia que eles eram bem tratados (nunca ouvi falar de tal). Entre um aborto e uma criança que viva sem as mínimas condições, acho que deixo aqui bem claro o que prefiro. Como condições mínimas para uma criança entenda-se que o facto de ela ser desejada e amada como mais importante que a situação económica dos pais, afinal são essas duas condições a razão de existirmos.
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